2 de jun. de 2008

A nova face do luxo.

Matéria publicada na Revista L'uomo Brasil Maio/Junho 2008.

São Paulo agora tem um novo endereço luxuoso: o Shopping Cidade Jardim. Inspirado nas ruas mais elegantes do mundo, ele não é mais um shopping. É o primeiro shopping aberto da cidade, com marcas exclusivas, lojas posicionadas em frente a belos jardins e estrutura semelhante ao famoso Bal Harbour de Miami.
Por Bianca Moretto e Viviane Lopes

Com inauguração prevista para este mês de maio, o Shopping Cidade Jardim é um investimento único e sem precedentes no Brasil. A começar pelo projeto arquitetônico de Arthur Casas, e paisagístico de Maria João D'Orey. São três pisos voltados para áreas abertas, que abrigam as melhores marcas, opções de lazer, cultura e bem-estar. O shopping inclui até um spa, o Spa Cidade Jardim, o maior da América Latina com 2.500m2, equipado com o que há de mais moderno e eficiente quando o assunto é beleza e estética.
O shopping que tem 120 lojas na fase inicial – com previsão de 180 na final –, está localizado na Marginal Pinheiros e faz parte do complexo Parque Cidade Jardim. Um espaço de 72.000m2, que além do shopping tem nove prédios residenciais e, futuramente, três edifícios comerciais.
O novo centro de compras reúne as melhores grifes internacionais como Armani, Chanel, La Perla, Lacoste, Louis Vuitton, Montblanc, Tiffany, Zara e Zegna dentre outras. Algumas pela primeira vez no Brasil, como Furla, Gant, Longchamp, Rolex e Sony. Dentre as nacionais, Daslu, Ana Rocha e Appolinario, Balangandã, Beach Hall, Carlos Miele, Cris Barros, H. Stern, Juliana Scarpa, Paramount, Reinaldo Lourenço, Tabacaria Caruso, Tania Bulhões, Ventura, as cariocas Lee Loo e Mara Mac e muito mais. Isso sem falar nos serviços e opções gastronômicas como os restaurantes Kosuchi, Nonno, Rugero do grupo Fasano, a doceira Pati Piva, Nespresso, etc.
O projeto concebido há três anos pela JHSF, teve desde o início a consultoria de Carlos Ferreirinha, um dos mais importantes consultores de luxo do país.
Segundo ele: "o mercado, que movimentou US$ 3,9 bilhões no último ano, cresceu 17% e tem espaço para crescer mais." E com o novo shopping "ganha o mercado, ganham as operações e ganharão os consumidores. O Cidade Jardim é o primeiro shopping 100% conceituado e projetado no negócio do luxo, por si só uma novidade e um ineditismo no Brasil."
O empreendimento não vem para fazer concorrência direta com outros endereços conhecidos da cidade. Na opinião de sua diretora, Sharon Beting: "Ele não fará concorrência à Daslu, tanto que a marca contará com uma das lojas-âncora do shopping. Além disso, tanto em relação ao Shopping Iguatemi quanto à Daslu, há uma espécie de barreira, de limite, que é o Rio Pinheiros. Os dois ficam de um lado do rio e nós ficamos do outro."
Ferreinha complementa: "o mesmo consumidor pode comprar nas 3 operações com manifestações distintas de consumo. Também existirão consumidores diferentes, novos, surgindo."
A diretora Sharon ressalta: "o consumidor poderá contar com o diferencial de o shopping ser aberto, encontrar lojas que foram selecionadas de maneira muito criteriosa e serviços que visam a facilitar a sua vida, como: bancos, lojas de operadoras de celular, lavanderia, pet shop, concierge, etc.".

Perspectiva artística da fachada do Shopping Cidade Jardim.

Para os lojistas o investimento promete ser um ótimo negócio, afinal "a idéia do shopping não é atender apenas o público da região, mas sim atrair pessoas de toda a cidade. O lojista contará com um grande número de consumidores potenciais, um fluxo anual estimado em 10.800.000 visitantes, o que dá uma média de 30 mil pessoas/dia. Além disso, o shopping será praticamente o único centro comercial da região.", completa a diretora.
Uma das marcas que compõem o mix de lojas, a MontBlanc, desde 1992 no Brasil, abrirá no Cidade Jardim a maior boutique da América Latina, com mais de 200m2. A negociação começou logo no início da abertura dos espaços, que foram muito disputados pelas marcas. A competição valeu a pena e a Montblanc conseguiu um espaço privilegiado.
A loja terá um conceito para o espaço masculino, o tom ashvenir – madeira azul –; para o feminino, 30 a 40% da loja, madeira maple. Ainda haverá uma sala Vip à portas fechadas para quem quiser marcar horário. O projeto é da matriz alemã e a boutique será inaugurada dia 4 de junho. Na ocasião acontecerá uma festa fechada, com a presença do diretor comercial mundial e do diretor comercial da América Latina. A marca conta com mais de 3 mil itens em seu mix de coleções: canetas, relógios, jóias femininas, artigos de couro e acessórios masculinos. Para o novo endereço estão sendo preparadas novidades que ainda não foram divulgadas.

CASA DO SABER
Uma outra novidade do Cidade Jardim é a unidade cultural da Casa do Saber. Um centro de cursos livres na área de humanidades, que desenvolve projetos culturais e tem como público profissionais liberais, com formação universitária e um interesse comum por cultura e temas contemporâneos.
A Casa do Saber é formada pela sociedade dos profissionais: Maria Fernanda Cândido, Ana Maria Diniz, Celso Loducca, Gabriel Chalita, Jair Ribeiro da Silva Neto, Luiz Felipe D’Ávila e Pierre Moreau. A nova unidade foi um interesse comum entre a Casa do Saber e o Shopping Cidade Jardim.
O shopping queria agregar a qualidade dos cursos à suas lojas, e a Casa do Saber buscava diversificar seus locais de atuação. A terceira unidade da Casa do Saber contará com um espaço de 200m2. Apesar de cultura não ser artigo de luxo, o preço médio das aulas é de R$ 90,00.

Um empreendimento deste porte beneficia a cidade de todas as formas diz Ferreirinha: "posiciona a cidade e o Brasil no ápice da contemporanidade, educa o consumidor cada vez mais em patamar de exigência e excepcionalidade."

Mas mesmo com este novo império do luxo na capital, Ferreirinha lembra que em relação ao luxo de outras cidades do mundo "estamos muito longe e não se pode confundir consumo de determinadas bases de consumidores brasileiros, com formatação de negócios. Alguns consumidores brasileiros são nivelados de igual para igual a importantes consumidores mundiais. Mas, o negócio em si – o varejo como um todo, ainda está distante. A cultura do luxo ainda é capricho para muitos consumidores. E não somente no Brasil. É um comportamento global para todo tipo de consumo."
O fato é que mesmo que não estejamos em Miami, nem nos endereços mais luxuosos do mundo, agora será possível saciar qualquer capricho de consumo de uma maneira muito mais agradável.

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