28 de nov. de 2007

Enriquecendo o espírito

Matéria publicada na Revista L'uomo Brasil Nov/Dez 2007.

Tempo para refletir, rezar, contemplar a natureza, dedicar-se a si mesmo e à família. Tem muita gente que nem lembra mais a última vez que fez isso, mas parar e buscar forças pode ser mais importante do que se imagina. Conheça uma nova forma de descansar o corpo e a mente, e mais do que isso, de reabastecer as energias.
Por Bianca Moretto e Viviane Lopes

A doutora em Psicologia Social pela PUC, Vera Rita de Mello Ferreira, especialista em psicologia econômica e do trabalho “costuma dizer que o mercado de trabalho está dividido entre desempregados e sobrecarregados”. O profissional tem uma carga maior do que pode suportar, as exigências e a pressão por resultados não deixam espaço para a vida pessoal. Não existe mais separação nítida entre trabalho e descanso, o celular e o laptop propiciam um trabalho de 24 horas e a exaustão física e mental é cada vez mais frequente. Muitos se habituam à rotina e às vezes ficam estressados quando saem de férias ou têm um tempo livre, mas é necessário parar. Uma aliada nessa etapa pode ser a religião.
A crença religiosa sempre fez parte do ser humano e continua sendo um elemento essencial na vida do homem. O mais difícil talvez seja a decisão de buscar, porém, ao achar o lugar certo fica mais fácil perceber o que estava faltando.

Mulher meditando no Centro Urbano do Odsal Ling.

FÉRIAS ESPIRITUAIS
No Brasil e no mundo são diversos centros religiosos que promovem verdadeiras férias espirituais, os chamadores retiros. Há menos de uma hora de São Paulo podemos diz que há uma concentração de espiritualidade budista. Em Cotia há o famoso Templo Zu Lai que tem suas raízes no budismo Mahayana, o Jardim do Dharma ligado à Sociedade Brasileira de Taoísmo, e o Centro de Retiros Odsal Ling, que seguem o budismo Tibetano outra ramificação do budismo. O Odsal Ling faz parte da rede internacional de centros originários do Chagdud Gonpa no Tibete. O Chagdud Gonpa Brasil foi estabelecido em 1994 pelo mestre de meditação Chagdud Tulku Rinpoche (1930-2002) e nos centros espalhados pelo país é possível ter ensinamentos e práticas de meditação da Nyingma e do budismo tibetano Vajrajana.
Os verdadeiros retiros budistas exigem um bom preparo e duram muito tempo, até três anos e devem ser orientados por um mestre. Mas existem também as cerimônias, que podem durar 1 fim de semana, 7 dias ou um pouco mais, e muitas vezes são chamados de retiros por acontecer em lugares isolados e ser um período de afastamento.
Cada pessoa pode se retirar por um período específico e geralmente deve ser orientado pelo seu mestre. Durante o retiro há meditação, ensinamentos e orações, no centro de retiro há salas específicas para as praticas e acomodações e o retirante não sai para nada, mesmo as refeições são feitas no local. Em alguns retiros há observações alimentares, mas esse não é o caso dos retiros Chagdud Gonpa. O ideal é a pessoa ter alguma iniciação no budismo antes de participar.
Em cerimônias grandes, que reúnem dezenas de pessoas pode acontecer de uma ou outra pessoa não ser tão iniciada. A aluna e tradutora da Lama Tsering no Brasil, Cândida Bastos, ensina que o “objetivo do budismo é modificar sua própria mente, e isso não é um caminho fácil”, por isso “é importante um mestre que ajude a trilhar esse caminho”.
Quando o tempo for curto, no centro de São Paulo, na Avenida Brigadeiro Luis Antonio, há o Centro Urbano Odsal Ling onde ocorrem ensinamentos regulares, meditação e práticas matinais diárias.
O templo matriz é o Chagdud Gonpa Khadro Ling onde também ocorrem retiros e cerimônias. Kha significa céu, Dro significa mover-se, ir, dançar e Ling significa local sagrado. Esse lindo local sagrado fica em Três Coroas, no Rio Grande do Sul, e é aberto a visitas gratuitas. Os retiros variam muito de valor de acordo a duração, mas o dia com hospedagem e alimentação sai em média por R$ 130,00.

Igreja da Obra dos Santos Anjos em Guaratinguetá.

É em Guaratinguetá que também fica a Obra dos Santos Anjos, lugar que a equipe da L'UOMO BRASIL visitou e participou do retiro de silêncio.

Agora quem estiver em busca de espiritualidade católica, vai encontrar a menos de 200 quilômetros da capital. O lugar fica em Guaratinguetá, cidade localizada em meio aos dois maiores centros de peregrinação católica do Brasil. De um lado, a cidade de Aparecida do Norte e o Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida que recebe mais de 100 mil visitantes apenas no dia 12 de outubro, dia da padroeira. Do outro, Cachoeira Paulista, cidade que abriga a Fundação João Paulo II, onde durante todo o ano são promovidos milhares de retiros, encontros, programas de rádio e TV, publicações de livros e revistas etc.
Guaratinguetá somente neste ano foi palco da visita do Papa Bento XVI, que visitou a Fazenda da Esperança, centro de recuperação de jovens dependentes químicos, e viu um o seu ilustre beato Frei Galvão ser elevado a categoria de primeiro santo brasileiro, o Santo Antonio de Sant´anna Galvão.
A Obra dos Santos Anjos começou na Áustria, na cidade de Innsbruck, nos anos 50, com o intuito de amar os santos anjos que não eram tão venerados pela igreja. De acordo com o Padre Tarcísio Seeanner “existem milhões de santos anjos, mas oficialmente chamados pelo nome são três: Gabriel, Rafael e Miguel” sendo que “cada batizado tem o seu anjo da guarda particular”.
O retiro espiritual oferecido pela obra é chamado de retiro de silêncio, porque é assim que o retirante permanecerá durante 3 dias. Os participantes chegam na quinta-feira a noite e saem no domingo a tarde. Quem for participar não precisa se preocupar com as refeições nem onde, pois as refeições são feitas no próprio local e a pessoa precisa apenas levar roupa de cama e objetos de higiene pessoal.
O encontro é dividido em três etapas: purificação, iluminação e união com Deus, sendo que cada uma é aprofundada num dia. O grupo acorda às 6:30h para a oração da manhã, depois vem a missa e tempo para diálogos pessoais com o sacerdote, além dos momentos de aprofundar os conhecimentos com palestras e meditação. Durante a madrugada há vigílias e quem quiser pode participar escolhendo algum horário.
Em outros lugares do mundo e do Brasil, como Goiás, Bahia, Distrito Federal, Rio Grande do Norte e do Sul, Minas Gerais e Pernambuco, onde a Obra atua, o encontro é praticado nos mesmos moldes e mesmo quem não é um católico muito assíduo pode tirar proveito da experiência que segundo padre Tarcísio “pode dar novo rumo à vida da pessoa”. O retiro de 3 dias custa em média R$ 120,00, mas caso o tempo esteja escasso, há a opção do dia de recolhimento, geralmente realizado num domingo, que sintetiza os passos do retiro mais longo num período menor.
A diretora da agência L'equipe, Lica Kohlrausch é alguém que valoriza esse lado espiritual desde pequena. Aprendeu com a mãe que "cabeça, corpo e espírito devem estar sempre em equílibrio" e busca isso através com meditação, yoga, oração, visitas a igrejas vazias e outros hábitos para enriquecer o espírito. Esses momentos que cultiva são importantes porque acredita "ser fundamental perceber que beleza e físico logo vão embora, mas existe algo que permanece".

REENCONTRO COM O DIVINO
Uma viagem também pode cumprir esse papel de reencontro com o divino. Algumas agências tem roteiros místicos como Tibete e China, Índia ou a uma peregrinação pela Terra Santa. A operadora Princess Travel no seu roteiro Tibete e China por exemplo, visita mosteiros, templos e a residência oficial do Dalai Lama; na Índia, em qualquer lugar o viajante pode sentir de perto a fé tão presente e diversa de hindus, muçulmanos, jainistas, sikhis, cristãos.
Na Terra Santa o peregrino pode seguir os passos de Moisés e Jesus visitando lugares sagrados como o Monte Sinai e a gruta da Natividade, sempre acompanhado de missionários da Comunidade Canção Nova. Se não houver tempo pra um destino tão longo, em São Paulo a Andanças Turismo fecha grupos de passeio para templos, igrejas, sinagogas e mesquistas, e os roteiros podem ser escolhidos pelo grupo.
A psicóloga Vera Rita ressalta que antes de mais nada é importante “a pessoa estar preparada para esse momento de pausa, caso contrário esses dias podem ser um verdadeiro suplício” e diz que “pequenos momentos para si mesmo também ajudam”, como ler um livro, ficar com os filhos, fazer algo que se goste. Afinal, às vezes para se encontrar com o divino basta olhar para dentro de si mesmo.

SERVIÇO
www.opusangelorum.org
www.cancaonova.com
www.budismotibetano.com.br
www.jardimdharma.org.br
www.chagdud.org
www.princesstravel.com.br
www.andancastur.com.br

O prazer de ser exclusivo

Matéria publicada na Revista L'uomo Brasil Nov/Dez 2007.

As tão sonhadas férias chegaram e o destino deve ser perfeito.
Por Bianca Moretto

O Ponta dos Ganchos Exclusive Resort, localizado em Santa Catarina, foi recomendado pelo segundo ano consecutivo pelo Guia Condé Nast Johansens, o mais reconhecido guia de hotéis e pousadas do mundo. Ideal para quem procura requinte e privacidade o Resort preparou pacotes especiais para as comemorações de fim de ano.
Você tem a opção de descansar numa praia exclusiva em um dos 20 bangalôs de frente para o mar da Costa Esmeralda e fazer as refeições em um restaurante que oferece toda a sofisticação das melhores cozinhas do mundo. O pacote com 5 noites, a partir de R$ 10.425, inclui todas as refeições e bebidas, exceto alcoólicas, e a Ceia de Natal.
Para o Réveillon, há duas opções de pacotes de 4 a 7 dias, para quem puder prorrogar o descanso e aproveitar o início de 2008 com tranqüilidade desfrutando os prazeres de Santa Catarina.
Qualquer um dos dois pacotes inclui Champagne Veuve Clicquot para o brinde da virada. O Ponta dos Ganchos ainda dispõe do Spa Dior que oferece opções de tratamentos e massagens. Estes podem ser realizados nas tendas montadas de frente para o mar ou nas pequenas ilhas que contornam o resort. Se o caos aéreo te incomoda, uma boa opção é chegar pelo mar. Basta deixar a sua embarcação no Yatch Clube Caiobá que fica bem próximo ao Resort.

TRANSMUTAÇÃO

Há quem prefira se preparar para 2008 com um verdadeiro ritual de purificação física e espiritual. O Spa Unique Garden que fica na Serra da Cantareira, São Paulo, conta com uma bela paisagem em seu terreno de 300 mil metros quadrados. Eleito o Melhor Spa do Brasil pela edição 2008 do Guia Quatro Rodas o Unique se diferencia pelo cultivo de verduras e legumes orgânicos que servem como elemento-chave para o desenvolvimento de cremes, óleos e loções usados em seus tratamentos. Além disso, durante toda a estada, a água servida brota a mais de 300 metros de profundidade nas fontes do terreno e está classificada entre as 7 melhores do mundo. Essa mesma água está presente nos chuveiros, torneiras e piscinas de todo o empreendimento. Quanto as acomodações, é você quem escolhe o tema do ambiente em que irá se hospedar. Na Vila Mediterrânea, os espaços estão harmonizados em cores claras e varanda perfeita para uma boa leitura. A Vila Contemporânea combina com aqueles que preferem o design sofisticado e exclusivo assinado pelo Arquiteto Ruy Ohtake. O Chalé das Flores e o Chalé Presidencial são únicos, privativos e encantadores.
O programa de 4 dias para o Natal, com início em 21 de dezembro inclui café no Tea For 2, almoço no Relais Jardin, ceia na noite de Natal harmonizada com vinho e brindes de Moët Chandon. O Brunch no dia 25/12 com sugestões especiais do chef será acompanhado pelo espumante Chandon Rose. Toda a programação será acompanhada por jazz e bossa nova ao vivo, tradicionalmente presentes nos jantares do Spa Unique Garden. Rituais de renovação com caminhadas, aulas de ioga e meditação comandadas pela equipe do fitness também estão inclusos.
Já o pacote de Réveillon inclui café da manhã e almoço, ceia acompanhada por música ao vivo e brinde de Moët Chandon. A equipe de Spa do Unique Garden também preparou para os 4 dias uma sequência de cerimônias voltadas para a instropecção, a fim de transformar as energias para a chegada do ano novo.
Intitulado de Hamman de Purificação, o programa inclui uma terapia com pasta de oliva com ervas e massagem e um banho de flutuação com sal do Mar Morto. Os hóspedes receberão, durante as cerimônias, pedras energizadas para as novas realizações do ano de 2008. O brunch de Ano Novo, com menu especial do chef, será degustado com champanhe Moët Chandon. Os pacotes de 4 noites custam a partir de R$ 7.710

OUTRAS OPÇÕES

Repaginado, vale conferir o novo Hotel do Frade Golf & Resort, em Angra dos Reis. Localizado na Costa Verde do litroral sul do Rio de Janeiro, o “Novo Frade” fica entre o Parque Nacional da Serra da Bocaina e a Baía da Ilha Grande, próximo dos grandes centros – o resort está a duas horas e media do Rio de Janeiro e a quatro horas e meia de São Paulo – e é o ponto de partida para que os visitantes explorem as maravilhas de Angra dos Reis, no mar e na montanha.
São 161 apartamentos e suítes, 16 bangalôs com piscina privativa, oito restaurantes – dois de alta gastronomia –, três bares, praia exclusiva, piscina, spa, campo profissional de golfe, quadras de tênis de saibro, cimento e grama, campos de futebol, quadras de vôlei de praia, sala de cinema, lojas, piscina natural, cachoeiras, bancos, agência de correio, galeria de arte, marina, agências de mergulho e ecoturismo.
Em frente à Praia do Frade estão as novas suítes, duas jóias da hospedagem assinadas por Sig Bergamin. Com as mudanças todos os apartamentos ganharam mais espaço.
O dois em um rendeu suítes com 86 metros quadrados, no térreo, e com 65 metros quadrados no andar superior. Charmosas e confortáveis acomodações garantem o sossego e descanso dos hóspedes do Novo Frade, que convivem com a tranquilidade da praia exclusiva e da natureza que cerca o resort, com a badalação da Marina Porto do Frade.

CARTÃO POSTAL
Situado a apenas 54km do Recife e a 9km de Porto de Galinhas, na paradisíaca praia de Muro Alto, litoral sul de Pernambuco, encontra-se o Nannai Beach Resort. A praia de Muro Alto teve seu nome originado de um paredão de areia com coqueiros que existem na região. Conhecida por ser um verdadeiro cartão postal e de deixar qualquer turista encantado, a praia é formada por arrecifes que compõem uma belíssima piscina natural com fundo de areia e 2,5km de extensão aproximadamente, onde os hóspedes podem admirar tamanha obra natural enquanto tomam seu café da manhã no restaurante que fica próximo à praia.

ÁLVARO GARNERO E A CONTAGEM REGRESSIVA PARA 2008
O carioca Álvaro Garnero conhece o lado bom da vida. Além de suas funções estratégicas na BrasilInvest, grupo que tem seu pai como fundador, Álvaro também é um empresário com importante participação no mundo do entretenimento. Em 50 por 1, programa que vai ao ar aos sábados na Rede Record, ele “revisita, descreve e apresenta os sabores e as experiências que mais marcaram sua vida”.
Luomo - Você já fez as reservas para o réveillon deste ano? Aonde pretende passar?
Álvaro Garnero - Consegui uma pausa pequena entre as gravações do 50 por 1, que têm me tomado muita dedicação e muito tempo e este ano vou passar o réveillon em Barra Mansa, na Bahia, com o mesmo grupo de amigos com os quais comemoro a passagem do ano há 7 anos - dos quais fazem parte Aécio Neves, Calainho, Accioly e muitos outros. Vamos mais uma vez numa pousada maravilhosa que sempre fechamos para comemorar.
Luomo - Os altos e baixos nos aeroportos podem atrapalhar os planos de viagem? Pegar a estrada vale a pena?
Álvaro Garnero - Qualquer atraso e qualquer protocolo de segurança sempre atrapalha um pouco. Mas os atrasos acabam sendo inevitáveis e a segurança é mais que necessária, então acaba sendo meio ingrato reclamar.
Luomo – Na sua opinião, qual seria o lugar mais badalado para comemorar a virada? Por quê?
Álvaro Garnero - Marrakesh. Nenhuma outra cidade consegue combinar tão bem a riqueza das suas cores com praias inacreditáveis e sabores tão exóticos.
Luomo - E quanto ao mais tranqüilo e exclusivo para curtir as férias?
Álvaro Garnero - Eu tenho viajado tanto que o lugar mais sossegado para passar as férias, no meu caso, seria a minha própria casa. Além disso, é de longe o mais exclusivo.
Luomo - Conte-nos um pouco sobre o réveillon mais incrível da sua vida.
Álvaro Garnero - O réveillon mais incrível da minha vida foram 4 - dentro de um avião privado seguindo o sol. Comemoramos 4 vezes.
Luomo - O que não pode faltar na contagem regressiva?
Álvaro Garnero - Os amigos.

SERVIÇO
Unique Garden Hotel & Spa – Estrada Laramara, 3500 – Serra da Cantareira – SP – Tel. 11 4486.8700
www.uniquegarden.com.br
Ponta dos Ganchos – Governador Celso Ramos – Santa Catarina – SC – Tel. 48 3262.5000
www.pontadosganchos.com.br
Novo Frade – BR 101 – km 508 – Praia do Frade, Angra dos Reis – Rio de Janeiro – RJ – Tel. 24 3369.9500 – Toll Free: 0800.8819500
Nannai Beach Resort – Tel. 81 3552.0100 – reservas@nannai.com.br

3 de out. de 2007

Você faz a diferença?

Matéria publicada na Revista L'UOMO Setembro/Outubro-2007.

Fazer parte do time de executivos bem-sucedidos e requisitados pelo mercado não é uma tarefa simples. O profissional precisa preencher uma série de características que fazem, e muita, diferença.
Por Bianca Moretto e Viviane Lopes

Até pouco tempo atráspara ser um executivo de sucesso, objeto de desejo das maiores empresas, bastava gerar lucro a qualquer preço. Hoje nem todas as organizações pensam e agem assim. Uma nova geração de gestores de pessoas, com visão integrada, está a caminho. Aquele executivo que se dedicava predominantemente a tarefas administrativas e rotineiras também cedeu lugar a outro, preocupado com o desenvolvimento do capital humano, de novas competências, formação de talentos, de lideranças, equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, inserção não invasiva da empresa na comunidade, de forma ética e com responsabilidade social. Claro, também voltado para a geração sustentável de lucros, de tal sorte que as metas financeiras não comprometam a harmonia interna e se situem dentro de uma relação saudável com os funcionários.
Irene Azevedo, professora da Brazilian Business School e também sócia associada da Keseberg & Partners, uma das cinco maiores no setor de seleção e recrutamento de altos executivos, acrescenta novos ingredientes à fórmula de sucesso dos que agora fazem a diferença no ambiente corporativo brasileiro: equilíbrio e agilidade. Para adquirir tais virtudes só há um caminho: o auto-conhecimento. Vale terapia, exercício diário de leitura e mesmo meditação, afinal o processo de crescimento pessoal deve ser constante e eterno. “Quem está seguro de si se torna capaz de escutar e entender melhor os seus liderados”, resume Irene. “É preciso liderar pela diversidade, contratar pessoas que supram as minhas deficiências e não, simplesmente, alguém que seja uma mera cópia de mim mesma”, acrescenta eIa. "Um líder que faz a diferença é capaz de preparar um sucessor e contrata pessoas que poderão vir a ser tão aptas quanto ele. Não gerencia pela mediocridade, mas trabalha para que todo o grupo se desenvolva. Isso se faz atribuindo responsabilidades e verificando quais são as necessidades deste grupo", acrescenta.
No mundo globalizado vence quem está disponível para total mudança e se torna uma pessoa sem fronteiras. Além disso, a humildade de admitir que não sabe tudo e a coragem de enfrentar os desafios são características fundamentais em um líder. Muitas vezes, quando um alto executivo é contratado, a companhia em questão precisa de mudanças radicais para manter uma linha de crescimento. Neste caso, a percepção do profissional deve estar aguçada para tomar atitudes coerentes e éticas, ou seja, para encontrar o equilíbrio entre o balanço financeiro e a integridade dos funcionários.
Outro ponto que Irene relembra é que "o network não pode morrer”. Fazer marketing pessoal e se apossar das suas habilidades e características, é tão importante quanto saber usá-las na hora correta e de acordo com cada ocasião. A técnica de questionar os seus funcionários para que eles próprios assimilem como solucionar os problemas do seu departamento, também conhecida como coaching, é uma característica essencial para executivos em cargos de liderança. E para não perder as rédeas, mesmo em situações e ambientes de total ambigüidade, use a resiliência pessoal. Ou seja, tenha autocontrole, conheça bem o território, fique informado sobre os recursos disponíveis e trace um plano de ação.
Hoje, a palavra chave que as companhias buscam é sustentabilidade. “Resultados que sejam de longo prazo e que levem em conta todos os stakeholders - funcionários, clientes e até a sociedade de um modo geral. Não basta melhorar a empresa, um líder deve se preocupar em construir um mundo melhor”, explica a associada da Keseberg.

João Ramires, 35 anos, CEO da Coca-Cola em Cingapura.

ELES FAZEM A DIFERENÇA
João Ramires é um dos que definitivamente faz diferença. Aos 35 anos, é formado na área financeira, com MBA em finanças e treinamentos executivos no INSEAD da França, e Wharton nos Estados Unidos. Além da língua nativa, é fluente em inglês e espanhol. Para ele fazer as malas não parece ser problema, já que nos últimos 10 anos, morou nos Estados Unidos, Cingapura, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Ceará. Hoje como contratado da Coca-Cola em Atlanta, é um CEO expatriado da engarrafadora em Cingapura e tem como missão tornar o mercado de Cingapura uma das referências na Ásia. “O foco em pessoas e talentos é uma das prioridades, a fim de desenvolver líderes com o foco em resultado e de alta performance. O somatório de culturas e experiências, de pessoas do Brasil, China, Índia, Malasya, Filipinas etc, trabalhando como uma verdadeira equipe, gera uma alanvacagem enorme, em termos de idéias, atitudes e resultados”, explica ele.
A liderança servidora de que se tanto fala atualmente nunca foi tão necessária. Um verdadeiro líder entende que desenvolver pessoas é mais do que um trabalho, é uma possibilidade de agregar valor. Não só na vida profissional, mas também na vida pessoal de seus liderados. Habilidades desenvolvidas no mundo empresarial, como saber ouvir ou desenvolver sua sensibilidade em gerenciar conflitos e lidar com gente, são aplicáveis na vida pessoal. Promoções, melhores salários, grandes desafios, ser um executivo de alto escalão, são apenas consequência dessa postura. “Tenho muitas metas, porém a mais importante é ser feliz com minha família. Sem ela, minhas realizações profissionais não valem a pena!”, enfatiza.
Rogerio Oliveira é outro nome que faz diferença no mercado. Assumiu a presidência da IBM Brasil, em 2002, e tem como principal missão conduzir um processo de transformação na empresa. De lá pra cá, a companhia aumentou seu foco em serviços, duplicou de tamanho em termos de faturamento e número de funcionários e ainda entrou para a lista das 10 maiores IBMs no mundo. Rogerio é formado em Ciências da Computação pela UNICAMP, com pós-graduação em Administração de Empresas pela FGV-SP. Além de falar fluentemente inglês e espanhol, já trabalhou nos EUA e Colômbia. Antes de ser nomeado presidente da IBM Brasil há 5 anos, atuou como vice-presidente da IBM Brasil, do setor financeiro para a América Latina e assumiu a gerência geral da empresa. Segundo ele, "um líder deve saber escolher as pessoas certas e depois ter a capacidade de trabalhar e conviver da melhor forma com elas". Ele acredita no poder do time, por isso valoriza princípios como colaboração e integração. Procura passar sempre para a sua equipe a importância de saber ouvir, trocar opiniões e delegar na hora certa.
Sobre o mercado, Rogerio explica que "o executivo precisa estar atualizado e bem informado; entender o contexto e o cenário da indústria que representa; conhecer bem e manter um ótimo relacionamento com seus clientes e parceiros". No mundo globalizado e em constante mudança, é essencial ter flexibilidade e adaptabilidade além de entender os impactos que a globalização traz para os negócios e para a sociedade em geral. Gerenciar os processos de negócios para produzir um impacto positivo e colaborar para o desenvolvimento do bem-estar da sociedade também é seu papel. Rogerio considera importante "ter consciência de que as decisões de negócios não estão mais exclusivamente nas mãos das empresas. O mundo agora é colaborativo, e este modelo é construído pelos parceiros, funcionários, clientes, e outras entidades da sociedade. Esse mundo interconectado em que vivemos está gerando mudanças significativas nos modelos de negócios, vai sobreviver quem entender e embarcar primeiro nesta nova onda".
Por fim, ele reconhece que "um bom líder tem que cuidar de si mesmo, em termos de saúde e preparo físico, para aguentar a agenda cheia, as viagens, a pluralidade de assuntos, decisões e pressões". Rogerio não tem data para se aposentar e pretende continuar trabalhando enquanto puder contribuir e fazer diferença na IBM e na sociedade.

O PERFIL DOS QUE FAZEM A DIFERENÇA
A Watson Wyatt Worldwide possui inúmeras pesquisas e estudos sobre o assunto e o consultor de capital humano, Antonio Botelho, nos disse que “cada vez mais, questões inerentes à ética e valores, morais e pessoais, estão sendo analisadas, cobradas e reconhecidas como agente integrante do sucesso em sua plenitude". Para presidentes, diretores ou gerentes “são valorizados e esperados, além de resultados econômico-financeiros sustentáveis e agressivos, formação acadêmica ou técnica e fluência em idiomas, reciclagem constante, experiência multicultural, etc. Além disso, o profissional deve ser comprometido com a organização, o negócio e a cadeia de relacionamentos (clientes, fornecedores e parceiros)". Dinamismo, flexibilidade, comunicação eficaz, negociação, relacionamento interpessoal, trabalho em equipe e liderança de pessoas e de projetos também são imprescindíveis.
As empresas são aficionadas por profissionais que fazem acontecer e para atraí-los “desafios profissionais, pacote de remuneração, autonomia, poder e possibilidades de ascensão na carreira no curto e médio prazos são as variáveis estratégicas mais utilizadas para convencer executivos que agreguem valor.” Os benefícios não páram e podem incluir muito mais, desde blindagem de automóvel a participação nos lucros.
Se você está no felizardo grupo dos executivos que fazem a diferença: sorria, seu futuro promissor promete muito mais do que se pode sonhar.

E NA HORA DE MUDAR?
Nesse contexto, muitas vezes o executivo precisa ou quer mudar de empresa. A D. Queiroz Associados oferece há 19 anos assessoria a executivos que almejam cargos mais elevados. Newton Lima observa que “nunca viu o mercado tão favorável quanto agora. Em 2006 tínhamos em média 450 vagas, neste ano são 900”. Grandes empresas como Nestlé, Arno, Tetra Pak, Albert Einsten, Accor, geralmente recorrem a este serviço, mas é o candidato que arca com os custos.
O headhunter Ricardo Gambarotto da Spencer Stuart, uma das maiores do mundo no setor de recrutamento, explica que muitas vezes o candidato perfeito já está empregado e não quer deixar a empresa atual, aí entram as propostas milionárias. Nesse processo de mudança existe uma garantia caso "o executivo deixe a companhia por incompatibilidade de estilo, mudança de cargo ou dificuldade para adaptar-se a cultura". Aliás, esse último é um ponto em que mais uma vez, o executivo versátil faz muita diferença. Executivos latino americanos que precisam migrar de estado, ou de país, sofrem muito com as mudanças culturais. “Mesmo dentro do território brasileiro há diferenças culturais a quais os profissionais não querem se sujeitar. Este fenômeno não acontece na Europa.” Quem estiver pronto para o desafio, com certeza vai levar vantagem.
Se o caso for de demissão o executivo também não fica desamparado. Empresas como a Lens & Minarelli e a DBM, prestam consultoria especializada em Outplacement ou recolocação no mercado De acordo com José Augusto Minarelli, o termo nasceu nos Estados Unidos há 30 anos, quando as companhias sentiram necessidade de dar uma atenção especial a colaboradores de anos que por alguma razão foram demitidos. O processo consiste em orientar e direcionar o executivo para ser recolocado em outra empresa ou abrir seu próprio negócio. Alguns aproveitam o momento e se aposentam. Cláudio Garcia da DBM, acredita que o serviço de outplacement funciona porque “faz justiça ao profissional demitido e motiva aqueles que ficam e observam o cuidado tomado pela empresa na hora do desligamento”.

24 de jul. de 2007

O DNA do luxo.

Matéria publicada na Revista L'UOMO Julho/Agosto-2007.

Cada pessoa tem seu próprio conceito de luxo. Para Mademoiselle Chanel " o luxo não é o contrário da pobreza, mas, sim, da vulgaridade". Para o empresário e apresentador João Dória Jr. "luxo é um valor concreto e psicológico; pode ser indispensável, mesmo sendo supérfluo". Existe, no entanto, uma palavra que predomina quando o assunto é esse: exclusividade. Quanto mais exclusivo for, melhor.
Por Bianca Moretto e Viviane Lopes

Eis o desafio: Viva um dia de luxo na maior metrópole do país.
Acorde no WTC de São Paulo depois de uma noite regada a vinho. O sommelier da Enoteca Fasano, Gianni Tartari, sugeriu à LUOMO o Brunello di Montalcino 2001, do produtor Ciro Pacenti. "O Brunello é um ícone da vitivinicultura italiana e o produtor Ciro Pacenti é um brunellista moderno e premiado". A garrafa custa R$ 498,00. Esqueça que está em um hotel, no World Trade Center você escolhe 1 entre os 38 quartos decorados em parceria com artistas da Casa Cor. A diária fica em R$ 1.050,00. Com mais R$ 40,00 você toma café da manhã na cama, um pequeno luxo, válido. Aproveite para se atualizar lendo as notícias nos sites de informação. Para isso não é preciso sair do quarto, o serviço wireless do seu laptop, artigo já acessível inclusive à classe média brasileira, lhe dará o privilégio de ficar algumas horas a mais de roupão. Para melhorar a disposição, vale investir na atividade física. Uma horinha com o personal trainner top de linha do mercado, Felipe Pita, custa em torno de 150 reais. Depois de um banho, com direito a hidromassagem, você vai sentir fome. O carismático maitre e dono do jovem, mas já consagrado restaurante Piselli, elaborou um cardápio digno dos apreciadores da boa gastronomia. Como entrada, vitela em molho de atum. O primeiro prato traz arroz italiano com parmesão, ragu de faisão perfumado com trufas. Para o segundo prato, carne assada no vinho tinto. E torta de maçã com sorvete para adoçar a vida. Este Menu Montagna assinado por Juscelino Pereira custará R$ 98,00 por pessoa. Para fazer a digestão nada melhor do que ir as compras. Ou deveríamos chamar de “saída para investimentos”? Sim, porque a sabedoria popular diz que quem gasta são as mulheres, os homens investem. Mas, para investir é preciso que o objeto de desejo venha com um valor agregado. Afinal, "não existe luxo anônimo, sem autoria. Assim como a assinatura de um pintor conhecido empresta prestígio a uma obra de arte, a grife faz o mesmo com um produto", explica André Cauduro D’Angelo, em seu livro: “Precisar não precisa - Um olhar sobre o consumo de luxo no Brasil”. Se você está convencido a esbanjar dinheiro, sugerimos um passeio de Helicóptero até a H. Stern do Rio de Janeiro. Lá, depois de um day spa com produtos da marca francesa L‘occitane, que por sinal escolheu o Brasil para abrir a sua primeira franquia fora da terra natal, basta descansar os pés em um chinelo de R$ 58.000. Que tal?

AFINAL, DESDE QUANDO O CONCEITO DE LUXO EXISTE?
Para responder à esta pergunta, colaborou conosco a pesquisadora Marie-Óceane Borba, francesa que adotou o nosso país há 7 anos está desenvolvendo um trabalho para descobrir “a construção da identidade de classe por meio do consumo de luxo praticado pelos consumidores da Loja Daslu”.
Marie cita o sociólogo francês Lipovetsky: “o luxo começou com a ausência de previdência dos caçadores-coletores do paleolítico. Eles não tinham acesso a nenhum tipo de esplendor material, mas comiam bastante nas festas, enfeitavam-se, admiravam os ornamentos uns dos outros; esses adornamentos podiam ter um significado sagrado, em reverência aos deuses, ou tribais, como sinalização de pertencer a um determinado clã.” Eles tinham bastante tempo livre e uma alimentação suficiente obtida sem grandes esforços. Por isso, apesar de um nível de vida medíocre, se comparado ao nosso em termos de segurança e conforto, pode se considerar que os homens do paleolítico viviam em uma espécie de abundância material. “O simples fato de não guardar sobras de alimentos para o dia seguinte, da generosidade e da prodigalidade serem aspectos importantes do seu modo de vida, são indícios de luxo, pois o luxo não teria se iniciado com a fabricação de bens caros mas com o espírito de dispêndio”, completa ela. Marie explica que “o luxo tinha, a princípio, um papel muito diferente do que tem agora. Tratava-se de um luxo dádiva, luxo-troca, com base na generosidade. Somente com a aparição do Estado e da consequente noção de classe é que aparece luxo que marca diferença”.
Perguntamos à pesquisadora o que leva o ser humano a investir em artigos de luxo. Diz ela à L’UOMO: “A minha idéia primeira, quando comecei a pesquisa, era do que o consumo de luxo era um sinal distintivo e só. Mas, descobri que é bem mais complexo. Segundo Thorstein Veblen em A teoria da classe ociosa, de 1899, o consumo conspícuo se explica por 3 motivos principais: primeiro, o desejo de sobrepujar os outros em posição pecuniária, e, desta maneira ganhar sua estima e suscitar inveja; segundo, o desejo de maior segurança e conforto e terceiro, o poder dado pela riqueza.
Já para o sociólogo francês G. Lipovetsky, o consumo de bens de luxo se explica por razões emocionais. Ele seria ligado a um sexto sentido, relativo ao tempo. Ele não é restringível a volúpia e a vontade de distinção social. Ele é ligado a uma vontade de desvincular-se do efêmero; existe ainda um desejo de eternidade. Desta forma, o próprio desejo de esbanjar é ligado a vontade de desfrutar de um momento presente intenso, que virá a ser inesquecível, transformando-se assim em eternidade.
"A partir disso, dá para perceber que são vários os motivos de quem compra luxo: a pessoa quer se dar prazer, sabendo que está comprando um objeto de alta qualidade, durabilidada e que tem tradição. Mas, talvez também queira ostentar os logotipos da sua bolsa, roupa, a assinatura do quadro que comprou”, encerra Marie que em breve terá concluído o seu trabalho com índices de pesquisa ainda escassos no Brasil. Vale lembrar que trata-se de um assunto novo no país se comparado ao mercado de consumo de luxo europeu. Investir em uma obra de arte, por exemplo, requer cultura, conhecimento de causa e compreendimento do valor agregado ao objeto. Naquele continente, o mercado de luxo já faz parte do dia-a-dia das pessoas. Por aqui o novo atrai, mas nem é sempre acessível. Isso explica porquê os parcelamentos a longo prazo não são exclusividade das Casas Bahia. Na Daslu, por exemplo, alguns produtos importados são vendidos em até 10 parcelas.

SINÔNIMO DE LUXO
Inaugurado na década de 60, o Iguatemi São Paulo foi o precursor, na América Latina, a trazer a cultura de consumo de luxo para dentro dos shoppings. As estratégias operacionais e comerciais são focadas nos consumidores que estão em busca de segurança e praticidade na hora de investir em produtos de alto padrão. São 330 lojas entre grifes nacionais e internacionais. Uma das alas mais requintadas concentra, em um único espaço, marcas como Empório Armani, Armani Caffé, D&G, Bvulgari, Jeans Hall e Hugo Boss. Em 2005, foi lançado o primeiro cinema “boutique”, com lounge de espera e poltronas reservadas e numeradas, luxo que faz deste um dos cinemas mais caros de São Paulo. “No Iguatemi, as equipes de atendimento, que vão desde a Segurança até o Concierge, contam com profissionais que são constantemente atualizados em Treinamentos. Consideramos todos os detalhes importantes, como a troca diária das flores naturais, o lounge do estacionamento VIP, a perfumação dos ambientes com fragrâncias exclusivas, entre outros. Todos esses instrumentos fazem com que os nossos profissionais e serviços sejam percebidos como diferencial pelo exigente cliente do Iguatemi”, explica Erica Rabecchi, assessora de comunicação do shopping. Para atender aos clientes tops, o shopping Iguatemi criou o sistema The One! Trata-se de um programa de relacionamento que oferece atendimento diferenciado e privilégios. Pertencer a este grupo exclusivo significa usufruir de uma série de serviços, como por exemplo: receber presentes em datas especiais, convites para desfiles e eventos, acesso antecipado aos lançamentos das lojas e do cinema, uma sala de atendimento personalizado, descontos para compra de pacotes de viagem e até de veículos. Para permanecer ativo no programa, o participante deve realizar gastos trimestrais de, pelo menos, R$ 5.000,00 em compras no Shopping, uma média de quatro salários mínimos por mês só em artigos de luxo.

COM TAMANHA DEMANDA NA BUSCA POR QUALIDADE, SOMADO A GLAMOUR, AS GRIFES INTERNACIONAIS SE RENDERAM AO MERCADO BRASILEIRO.
A marca francesa de cosméticos L’occitane acaba de abrir uma franquia em AlphaVille, a primeira fora da França. Sabe-se que grifes como Marcs Jacob, Bottega Veneta e Stella McCartney já têm sondado Carlos Ferreirinha, nome influente no mercado de luxo brasileiro, para fazer investimentos no país. A Dior, por exemplo, que assinou a primeira licença no país em 1958, tem planos de abrir outras lojas fora da Grande Metrópole. Os pré-requisitos para ser representante de uma marca consagrada não são poucos: “Ser graduada, falar idiomas, ter alto nível cultural e entender de moda, além de estar sempre bem informada sobre conhecimentos gerais”. Foi o que nos disse Rosângela Lyra, que é diretora-geral da Dior no Brasil e presidente da Associação dos Lojistas da rua Oscar Freire.
No ano passado, em meio a algumas manifestações populares, Rosangela esteve à frente da reinauguração desta rua que é um dos ícones de glamour em São Paulo. A reforma, que incluiu a retirada de postes e melhoramento das calçadas, custou cerca de 7 milhões de reais e teve o ônus dividido entre lojistas e prefeitura. Há mais de 20 anos à frente da Dior, Rosangela afirma que “o mercado de luxo nos países emergentes sobe a uma proporção maior que nos demais países”. A boa notícia é que não se trata apenas de importação, “o Brasil está começando a fazer produtos de luxo na moda, mas já tem serviços na gastronomia e na hotelaria que servem como exemplo no exterior”. E, não se engane, quando falamos de moda, uma camiseta básica pode ser um artigo de luxo, “isso varia de pessoa para pessoa conforme a situação, a postura e o comportamento”, conclui Rosangela que na ocasião do evento da Oscar Freire disponibilizou a venda de camisetas para ajudar instituições de caridade. Em se falando de filantropia, a Montblanc prefere patrocinar eventos culturais e artísticos. “Diversão e prazer em todos os sentidos, ter tempo para si, para aqueles a quem amamos, para amigos e familiares, é o verdadeiro luxo da vida”, esta é a mensagem da Montblanc segundo a assessoria da marca. Atualmente, 100 anos após a joint venture da pequena companhia manufatureira, os cobiçados produtos Montblanc estão presentes em 260 Boutiques e mais de 9 mil pontos de venda em 70 países ao redor do mundo. A estrela Montblanc brilha nos shoppings e ruas de luxo em todo o planeta. Fazer o bem para o próximo e ter tempo para a família é maravilhoso, mas atender ao seu sonho de consumo, sem nenhuma razão em especial, pode melhorar e muito a sua auto-estima.

Uma viagem ao mundo do silêncio.

Matéria publicada na Revista L'UOMO Julho/Agosto-2007.

O mergulho subaquático é um hobby, ou esporte como dizem alguns, que vem fisgando cada vez mais adeptos. As incontáveis belezas do fundo do mar não são mais tesouros inacessíveis e escondidos. Mergulhar hoje em dia é seguro, fácil e certamente inesquecível. Mergulhe agora nessas águas, por pouco tempo ainda, desconhecidas.
Por Bianca Moretto e Viviane Lopes

Em junho de 2007 completaram-se 10 anos da morte do explorador Jacques Costeau. O francês inventor do SCUBA (Self-Contained Underwater Breathing Aparattus), cilindro com ar comprimido enviado até a boca, foi um marco divisor na história do relacionamento homem-mar. Antes dele, os segredos submarinos eram uma incógnita, o homem conhecia muito pouco das profundezas do mar e de seus habitantes ameaçadores. Jacques Costeau desenvolveu o escafandro autônomo em 1943, junto com o engenheiro Emile Gagnan. Antes disso, para mergulhar, somente com os pesados escafandros ligados por um tubo à superfície.
Desde então, Cousteau começou a mergulhar com a ajuda do seu invento e não parou mais. Desvendou destroços de antigos navios, descobriu diversas espécies e viu belezas inigualáveis. Em 1947 ele alcançou a profundidade recorde de 100 metros. Mas Jacques Costeau fez mais ainda pelo mergulho, além das melhorias na prática, ele divulgou para o mundo todo o que estava descobrindo. Foram dezenas de livros e filmes amplamente vistos e divulgados mundialmente. Um dos mais famosos é, O Mundo do Silêncio de 1956. Jacques Costeau com certeza despertou em milhões de pessoas um desejo: conhecer o fundo do mar.
Com esse mesmo desejo Ricardo Meurer descobriu por acaso o mergulho subaquático, e com ele o fundo do mar, há 25 anos. O primeiro mergulho não foi planejado, um dia na Praia de Guaiba no Guarujá, sem esperar, Ricardo mergulhou com o cilindro de um amigo do seu grupo. "Nessa época era tudo muito mais difícil, os equipamentos grandes e rudimentares. Eram pesados, caros e difíceis de ser encontrados", conta. Dez anos, muitos certificados e mergulhos depois, o mergulhador transformou a paixão em negócio. Montou a empresa Scuba Point, uma das mais conceituadas do mercado brasileiro, que oferece tudo que um mergulhador de primeira viagem ou profissional necessita. O instrutor, empresário e mergulhador, com a experiência de 3.000 mergulhos, deixa apenas um conselho para os iniciantes "não toque em nada que você não conhece". Fora esse pequeno alerta, Ricardo atesta que não há perigos, pois mergulhar "é uma atividade muito segura".

AULAS, BATISMO E ESPECIALIZAÇÃO
Mas nem todos precisam ser como Ricardo, não são necessários 25 anos de experiência para se tornar um mergulhador, muito pelo contrário. O curso básico para mergulho autônomo dura apenas um final de semana. Parece pouco, mas é o tempo suficiente para o aprendizado de aulas práticas e teóricas. O aluno vai aprender sobre a pressão do mar, o ambiente aquático, as reações fisiológicas do corpo embaixo d’água, terá aulas práticas na piscina, etc. O candidato a mergulhador também fará um exame médico para detectar possíveis impossibilidades, que são raras. Num primeiro momento apenas epilepsia ou problemas cardíacos graves impedem a atividade. Casos mais específicos são avaliados individualmente. A idade mínima para o mergulho é de 10 anos, e a máxima não existe, estando com a saúde em dia não há limites.
Ao concluir o curso vem o primeiro mergulho no mar, ou batismo como dizem os mais experientes, e uma carteirinha regulamentada pelo PADI (Professional Association Diving of Instructors), órgão internacional de regulamentação do mergulho. A carteirinha que o aluno recebe do PADI é válida em qualquer lugar do mundo e é igual a de um mergulhador de qualquer outra nacionalidade.
O curso, além de rápido e fácil, não é caro, custa R$ 290 mais a carteirinha de R$ 75. Na Scuba Point o batismo costuma ser em Paraty, porque a cidade oferece águas calmas e cristalinas. O pacote para o final de semana com os quatro primeiros mergulhos sai por R$ 580 com tudo incluso, ônibus, duas diárias, alimentação e equipamento.
Aliás, o equipamento completo é da escola e o novo mergulhador só precisa adquirir o equipamento básico: máscara, snorkel e nadadeiras, que custam a partir de R$ 180. Em mergulhos futuros a pessoa poderá optar por alugar o equipamento ou se preferir, adquirir os mesmos nas lojas especializadas.
Depois do curso básico o novo mergulhador não terá mais limites e pode se especializar em diversas categorias como: naufrágio, cavernas, noturno, profundo, foto submarina, biologia marinha, etc. A especialidade Overhead, por exemplo, treina o mergulhador para ambientes fechados e com teto; a Nitrox, muito útil, aprofunda os conhecimentos sobre mergulhos com percentual de oxigênio mais elevados; a Foto e Video Submarino, ensina a fotografar ou filmar embaixo d'água. O mergulhador pode se informar detalhadamente sobre cada uma das especialidades e descobrir a que mais lhe interessa e se aproxima do seu perfil.
O mergulho também não precisa ficar restrito ao mar, é possível mergulhar em rios, lagos, cavernas, enfim, tudo que tenha água e possa oferecer um mergulho interessante. Se a água de rios e lagos não for tão clara e cristalina quanto a do mar, existem lanternas que ajudam a melhorar a visibilidade. As possibilidades são infinitas, basta usar a criatividade.
Basicamente existem dois tipos de mergulho: o livre e o autônomo. O livre não utiliza aparelhos de respiração e está dividido em snorkeling e apnéia, suspensão momentânea da respiração. O snorkeling pode ser praticado por qualquer pessoa que use o snorkel – uma espécie de óculos de natação com um tubo respiratório acoplado – para respirar enquanto nada e realiza pequenos mergulhos. Já a apnéia exige muito mais preparo, e geralmente é utilizada por caçadores submarinos, para grandes profundidades e tempos longos. Somente pessoas treinadas conseguem utilizar esta técnica. O mergulho autônomo é o mais conhecido, nele a pessoa utiliza aparelhos de respiração subaquática, normalmente um cilindro e um regulador de ar acompanhados de um colete equilibrador.

MELHORES POINTS
No Brasil os melhores lugares e mais procurados são Recife e Fernando de Noronha, uma verdadeira unanimidade entre os mergulhadores. Fora do país a melhor pedida é Cozumel no México, seguido da Ilha Bonaire que fica ao norte da Venezuela. A visita de uma semana para Cozumel ou Fernando de Noronha, pode custar em média US$ 1.800, com passagens e diárias inclusas, sem alimentação. Aliás, a semelhança de valores entre Fernando de Noronha e destinos internacionais tem feito muitos mergulhadores mudar a rota da viagem, já que Fernando de Noronha além de cara, é área de preservação ambiental, o que restringe ainda mais o turismo.
O mercado de mergulho no Brasil cresce num ritmo contínuo em média 10% ao ano. Hoje são 150 mil mergulhadores e quase 1.000 instrutores credenciados. Um verdadeiro incentivo para quem deseja fazer do hobby profissão, para tanto basta fazer cursos profissionalizantes necessários e se tornar instrutor.

FASCÍNIO
Quem também se rendeu ao fascínio do mergulho foi o apresentador Márcio Moraes, seu programa Companhia de Viagem completa 11 anos em outubro de 2007. Ele que também assina uma coluna semana na revista Caras, em entrevista à L'UOMO sugeriu alguns points de mergulho que são imperdíveis. “Neste quesito todo mundo cita Fernando de Noronha, mas Bombinhas, em Santa Catarina, também proporciona bons momentos para a prática.” Cuba, Maragogi, Tahiti e República Dominicana foram alguns dos lugares que mereceram reportagens especiais sobre mergulho. “Um dos momentos mais surpreendentes foi no Tahiti, quando mergulhei com as arraias. A força das nadadeiras contradiz a aparência frágil do peixe”. Formado por Claudio Guardabassi, campeão brasileiro de apnéia, Márcio revela que já levou um susto em alto mar quando voltou à superfície e o barco em que estavam havia sumido. O temor passou rápido, logo o piloto estava de volta, depois de deixar uma tripulante que se sentiu mal. Mas, ficou a lição: “ É preciso respeitar o mar. Mergulhar sozinho jamais. Para mim, mergulhar é intrigante por pensar que quase tudo que vemos na superfície já esteve submerso. Existe um mundo desconhecido lá embaixo que guarda segredos da nossa existência”.
Internet
www.mergulho.com.br
www.brasilmergulho.com.br
www.mergulhomania.com.br
www.scubapoint.com.br

30 de mai. de 2007

De Vento em Popa.

Matéria publicada na Revista L'UOMO Maio/Junho-2007.

O poeta português Fernando Pessoa já dizia: “Navegar é preciso”. Estrada ruim, falta de segurança em cidades turísticas, despesas hoteleiras, trânsito e outros inconvenientes estão estimulando os brasileiros a migrar para um mercado que vai de vento em popa, o segmento náutico. Se o seu sonho é ter um barco ladeando o seu carro na garagem, acredite, a hora é agora.
Por Bianca Moretto e Viviane Lopes.

O mercado náutico brasileiro é dividido em dois, o de veleiros e o de lanchas a motor. O mercado de lanchas movimenta algo em torno de 90% do total, um dos motivos segundo o diretor de marketing da Regatta, Cacau Peters, seria porque “o veleiro exige mais conhecimento técnico para manejar”. Que o diga o chef francês e empresário bem-sucedido Olivier Anquier. Ele que atualmente apresenta um quadro de culinária no programa Domingo Espetacular da Tv Record, confessou à LUOMO a sua paixão por barcos e a dificuldade para encontrar marinas bem estruturadas no país: "Comecei a velejar na Europa com seis anos de idade, sou um apaixonado por esta atividade. Mas para quem está começando vale lembrar que os recursos para a prática do esporte no país ainda são bastante limitados". De qualquer forma, esse mercado como um todo cresce em média 15% ao ano e desperta um interesse cada vez maior. De acordo com Cacau, o mercado poderia inclusive crescer mais do que tem crescido não fosse o câmbio. Porque se por um lado o câmbio barateia o custo dos barcos, já que os motores são importados e correspondem a 50% do valor dos menores, por outro dificulta a exportação dos estaleiros.
No entanto, este não é motivo para impedir os estaleiros de crescerem e se aperfeiçoarem. Nos últimos anos a qualidade da produção brasileira dos estaleiros aumentou muito em qualidade e quantidade, tudo isso sem o menor incentivo governamental ou de qualquer outra espécie. Pelo contrário, o diretor de marketing disse que no mercado costuma-se dizer que o “Brasil está de costas para o mar”, já que ainda não percebeu o potencial de crescimento que um país com mais de 8 mil quilômetros de litoral possui nesse setor.

DIAS CONTADOS
Este desprezo parece estar com os dias contados. A possibilidade de financiamento bancário com até três anos para pagar (a Aymoré Financiamentos, do grupo ABN-Amro, por exemplo, cobra taxas de 2,3% ao mês para barcos e 2,6% para motores e equipamentos) faz com que novos adeptos invistam no setor.
Porém, quando marinheiros de primeira viagem decidem se aventurar, uma boa alternativa é investir em barcos seminovos para evitar prejuízos. A economia na compra de uma embarcação usada em relação à nova pode ser de até 35%. Um barco de 24 pés, por exemplo, que custaria R$ 85 mil, pode ser encontrado por R$ 25 mil a menos se tiver dois anos de uso. Quem ainda não é um expert no assunto pode e deve recorrer a um mecânico de confiança que irá perceber possíveis problemas não aparentes. Mas se o seu desejo é ter o próprio brinquedo guardado na garagem, aproveite! Nunca foi tão fácil ter um barco.
Na hora de escolher são inúmeros os modelos e a partir de R$ 15.000,00, o sonho de ter uma lancha pode ser realizado. Nesse caso seria um barco pequeno de 25Hp, 4 metros, com impostos inclusos e apenas uma pequena taxa a ser paga no registro da Marinha. Esse barco inclusive não necessita nem de garagem náutica, pois pode ser levado para outro lugar numa carreta. No caso de barcos maiores que necessitem ficar numa garagem, o proprietário vai gastar em média R$ 200,00 por mês. Para quem quer passear com a família sem gastar muito na compra o Flash 165 pose ser a solução. O modelo pronto para navegar custa menos de R$ 17 mil e leva até quatro pessoas. Mas se você prefere levar os amigos para esquiar em lagos, represas ou enseadas dê uma olhada na Ventura 195 que custa cerca de R$ 48 mil e pode ser rebocada por uma picape média. Para ter conforto em alto mar a Citamarra 270 é uma boa alternativa. O investimento neste caso pode chegar a R$ 120 mil dependendo do motor. De acordo com a revista Náutica, em que você pode inclusive anunciar o seu barco gratuitamente, o preço de um veleiro RO 330 gira em torno dos R$ 250 mil e é "um bom investimento para quem busca um veleiro de porte médio para cruzeiros costeiros". Grandes estaleiros como Intermarine, Real Class e Spirit Ferretti também oferecem variedade de modelos.
Já Olivier não se contentou em comprar um barco comum de fibra de vidro: "Fiz o barco do meu jeito e dentro das minhas condições financeiras. Encontrei um casco de madeira na marina Marimbas no Rio de Janeiro por R$ 500,00. Depois foram necessários quase dose meses de trabalho em São Paulo no estaleiro do Ricardo Lopes para desenvolver o interior da lancha. Acompanhei cada passo", diz ele. Neste caso o chef nos explica que o mais caro foi o motor 2 tempos que custou R$ 22.000. No total, incluindo peças e a transformação interior, o barco exclusivo de 16 pés saiu por R$ 38.500. Para pilotar o seu "Saramayá" Olivier precisou ter uma habilitação autorizada pela Marinha. Para cada área do oceano, há uma classificação diferente, tanto para vela quanto para motor. A inscrição é feita na Capitania dos Portos ou através de fax, mediante o pagamento da taxa de R$ 40. Vale lembrar que conduzir uma embarcação ou contratar um tripulante sem habilitação é uma infração e o condutor pode ser multado com valores de variam de R$ 40 a R$ 3.200. Empresas especializadas no mercado náutico oferecem esse tipo de curso.

ALUGUEL
Quem não sabe pilotar pode alugar uma embarcação e contemplar as belezas do litoral brasileiro. Na Bahia, por exemplo, as embarcações mais alugadas são as escunas e lanchas e variam de preço de acordo o número de pessoas. Uma opção para quem quer apreciar os confortos de um barco de alto luxo, sem precisar investir na compra, é passar férias num deles. A Regatta oferece o serviço de Yacht Charter há quase um ano. Essa nova modalidade de férias pode ser corporativa ou particular, e diferente de um passeio turístico de uma noite ou um fim de semana, o Charter é o aluguel de uma casa de férias.
Essa viagem dos sonhos é totalmente personalizada. O cliente reserva o escolhe o destino que pode ser o convidativo sol do Caribe ou as paradisíacas ilhas do Pacífico Sul. Pode inclusive escolher um lugar mais próximo, mas nem por isso menos exuberante, como Ilha Grande, Paraty ou ainda Punta Del Este. Depois de traçar o roteiro, escolhe o que vai comer e beber todos os dias, podendo incluir no cardápio o vinho preferido por exemplo. O passeio conta com tripulação profissional como chef, hostess, capitão, etc. Dentre os confortos que o iate ou veleiro, conforme o espírito da turma, poderá desfrutar, estão banheiras jacuzzi, ambientes agradáveis e luxuosos, brinquedos aquáticos diversos como jet-ski, caiaque, equipamento de mergulho e outros. Uma viagem de uma semana para o Caribe, pode custar algo em torno de US$ 3.500 num grupo de oito pessoas. Os destinos mais procurados pelos brasileiros são Europa, Caribe, Alaska e Pacífico Sul. Mas também existem pacotes os festivais de Cannes ou eventos em Mônaco, onde o viajante não terá o desconforto de desfazer as malas quando viajar de uma ilha para outra.

NEGÓCIOS EM ALTO MAR
Outra possibilidade é o Office Boat. Empresários brasileiros descobriram que fechar negócios em alto mar pode ser vantajoso. Com sistema SSB, rádios de ondas curtas que permite e-mails de longo alcance e telefone por satélite o sistema de comunicação está garantido. Segundo publicado na edição de março deste ano da revista Joyce Pascowitch “reza a lenda que Naji Nahas conheceu Marco Tronchetti Provera, o chefão da Telecom Itália, no Mediterrâneo. O barco em que Naji estava encostou ao lado do de Tronchetti Provera. Naji foi convidado para um jantar no iate vizinho e saiu de lá como representante do empresário italiano no Brasil para intermediar o litígio com Daniel Dantas”. O mar parece ter se transformado em uma ambiente propício para criar bons relacionamentos.

RIO BOAT SHOW
Segundo a Acobar (Associação Brasileira dos Construtores de Barco), a frota brasileira é hoje estimada em 53 mil barcos. Para se ter uma idéia, no Rio Boat Show deste ano, 120 expositores se espalharam por 40 mil m2 apresentando lançamentos nacionais e internacionais de lanchas, veleiros, motores e acessórios náuticos. O destaque da feira foi o lançamento do projeto do Estaleiro Riostar, do melhor designer do setor, o brasileiro Fernando Almeida. O barco RS74 Open mescla o conforto de um motor yacht com o desempenho de um open boat.
Cerca de 53 mil visitantes passaram por lá gerando negócios da ordem de US$ 45 milhões. Indiretamente veículos de comunicação também são beneficiados com tal demanda. A revista Náutica, por exemplo, cresceu cerca de 36% no último ano, segundo nos informou a gerente de circulação Heloísa Siqueira. No cinema não é diferente, prova disso é o documentário lançado no dia 27 de abril deste ano - O Mundo em Duas Voltas, que mostra a saga da família Schurmann retratada em película por um dos filhos do casal. Se você ainda não está pronto para uma volta ao mundo, mas quer se entrosar melhor com o segmento náutico, saiba que uma competição promete agitar as águas da represa de Guarapiranga em São Paulo. O empresário Lebos Ribeiro Chaguri em parceria com a Fepen (Federação Paulista de Esportes Náuticos) estão organizando uma competição que tem como ponto de partida o Clube de Campo Castelo. Entre as modalidades destaque para Fórmula Indi, Craicker e prova de arrancada de jet ski.
Para mais informações envie um e-mail para acemusicrecords@hotmail.com.

A Morte Anunciada do Criador.

Matéria publicada na Revista L'UOMO de Maio/Junho-2007.

Estamos nos aproximando do segundo semestre e até o final de 2007 alguns pensadores acreditam que algo inédito e totalmente sem precedentes na história acontecerá: Deus se tornará obsoleto. Toda essa confiança não é em vão, tem um motivo real chamado Large Hadron Collider (Grande Colisor de Hádrons) ou simplesmente acelerador de partículas. O objetivo desta máquina é reproduzir o momento do Big Bang e, dessa forma, desvendar a origem da matéria. Será que depois que a ciência explicar exatamente como surgiu o universo, Deus e a religiosidade ficarão totalmente desnecessários?
Por Bianca Moretto e Viviane Lopes.

A ciência está muito perto de explicar pela primeira vez como surgiu o universo. Essa resposta vem de encontro a antigas questões do ser humano como: De onde viemos? Como tudo começou? ou O que existia antes de nós?. Questões para as quais as religiões sempre tiveram uma explicação não científica. Por outro lado a ciência sempre trabalhou para obter explicações lógicas e agora está mais perto do que nunca de desvendar esses mistérios.
O LHC não é o primeiro acelerador de partículas construído no mundo, mas sem dúvida é o mais potente. Para se ter uma idéia da sua capacidade ele tem energias 20 vezes maiores do que o seu competidor mais próximo, o Tevatron do Fermi National Accelerator Laboratory, que fica perto de Chicago no EUA. Sua extensão de 27 quilômetros não se limita ao território do CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléare – Centro Europeu de Física de Altas Energias), que está localizado na Suíça e é responsável pela sua construção, mas também passa por fazendas do país e da França. Construído no subsolo, o LHC faz parte de uma pesquisa financiada por um consórcio de países do mundo todo, em especial os membros da Comunidade Européia, os EUA, o Japão e até mesmo o Brasil. Quem leu a obra ilustrada “Anjos e Demônios”, do polêmico escritor americano Dan Brown, pôde visualizar o desenho da circunferência quilométrica da máquina cujo custo mensal até agora não foi divulgado para a imprensa.

O físico brasileiro Marcelo Gleiser.

O físico brasileiro Marcelo Gleiser é um dos mais de 3.000 profissionais envolvidos no trabalho que será experimentado até o final do ano, ainda sem data marcada. Em entrevista por à LUOMO BRASIL, Gleiser, que ganhou notoriedade com os livros A Dança do Universo, O Fim da Terra e do Céu e o quadro Poeira das Estrelas da TV Globo, explica que a sua participação é apenas teórica e que outros grupos de cientistas brasileiros estão participando e somando esforços para desvendar este mistério da humanidade. Sim, a máquina garante grandes avanços, “mas não existe risco de explosões nucleares ou de buracos negros que devorarão a Terra”, ironiza Marcelo diante do que sugere a obra de ficção de Dan Brown, em que a tal máquina dá origem a um produto utilizado pelo “vilão” para explodir o Vaticano.
Ele nos explica, com uma analogia, o funcionamento do LHC. “Como saber o que existe dentro de uma laranja sem poder cortá-la? Podemos jogar a laranja contra a parede ou colidir uma laranja noutra. Se a energia da colisão for alta o suficiente, voa semente, suco e bagaço para todos os lados. Com isso, vemos o que existe na laranja. Aceleradores fazem isso, mas com partículas que compõem o núcleo dos átomos: os prótons e nêutrons”.
A explicação esclarece bem o propósito da máquina, resta saber se os efeitos de tal experimento e as conclusões sobre a origem física do homem entrarão em conflito ou complementarão as crenças relacionadas ao espírito.

ESTARIAM CIÊNCIA E RELIGIÃO EM ROTA DE COLISÃO DEFINITIVA OU AINDA RESTARÁ ESPAÇO PARA A RETOMADA DE CONSENSO?
“Todos caminham para um mesmo lugar, todos saem do pó e para o pó voltam” diz o livro do Eclesiastes capítulo 3, 20. Já Carl Sagan disse certa vez que somos todos “poeira das estrelas”. Uma prova de que ciência e religião podem caminhar juntas é o fato de que o primeiro pesquisador “a aventar a hipótese de que o universo teria surgido de uma grande explosão e de uma grande quantidade de matéria concentrada foi um padre. Em 1927, um jovem pesquisador belga que houvera sido ordenado padre quatro anos antes, Georges Henri Joseph Edouard Lamaitre, então com 33 anos, escreveu um artigo que estudava o distanciamento entre as galáxias”. (Citação do livro A dança do Universo de Marcelo Gleiser). Em dias mais atuais, o papa João Paulo II disse na carta encíclica Fé e Razão que “ambas constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade em última análise”. O cientista Stephen Hawking finaliza seu livro Uma Nova História do Tempo dizendo que, “se realmente descobrirmos uma teoria completa... todos nós, filósofos, cientistas, seremos capazes de participar da discussão de por quê é que nós e o Universo existimos. Se encontrarmos uma resposta para esta pergunta seria o triunfo último da razão humana – porque, então, conheceríamos a mente de Deus”. Marcelo Gleiser diz que “ciência e religião podem caminhar juntas desde que cada uma saiba o seu lugar. Os conflitos surgem quando uma quer invadir o território da outra, fazendo proclamações absurdas”.

CADA RELIGIÃO TEM A SUA EXPLICAÇÃO PRÓPRIA PARA A FORMAÇÃO DO UNIVERSO, SEJA A TEORIA DE QUE DEUS FEZ O MUNDO EM SEIS DIAS, COMO DIZ A TRADIÇÃO JUDAICO-CRISTÃ, SEJAM AS FASES CÍCLICAS UNIVERSAIS DE ALGUMAS RELIGIÕES ORIENTAIS.
A religião sempre foi refúgio e certeza para muitas almas angustiadas com questões existenciais. Um conforto que nunca foi suficiente para os cientistas que fazem a linha São Tomé, o ver para crer. O embate ciência X religião é antigo e por vezes tomou ares de tragédia grega como no caso do cientista católico Galileu Galilei. Quem não conhece a história do cientista que disse que o Sol, e não a Terra, era o centro do universo e depois foi obrigado a desmentir porque a Igreja da qual ele era fiel, não aceitava essa teoria? Galileu certamente foi o maior expoente de todos os tempos dessa rivalidade, mas não o único. Copérnico sofreu conseqüências ainda mais drásticas por suas descobertas, sendo queimado em praça pública. Há poucos anos o Papa João Paulo II pediu desculpas oficiais por estes e outros erros da Igreja. Em abril de 2007 o Papa Bento XVI atiçou novamente a discussão quando, depois de elogiar os progressos científicos, questionou a teoria da evolução de Darwin.
Em fevereiro deste ano foi lançado no Brasil o livro A linguagem de Deus, do cientista responsável pelo Projeto Genoma, Francis Collins. Nele Collins tenta provar que ciência e religião podem sim ser complementares e conta como deixou de ser ateu: “Havia começado essa jornada de exploração intelectual porque queria confirmar a minha posição como ateu. Isso se converteu em ruínas à medida que a argumentação da Lei Moral (e muitos outros assuntos) obrigou-me a admitir a aceitação da hipótese de Deus. O agnosticismo (termo concebido por TH Huxley, um cientista do século XIX, para indicar alguém que simplesmente não sabe se Deus existe ou não), que parecia um seguro paraíso de segunda, agora me ameaçava como a grande desculpa que em geral é. A fé em Deus parecia mais racional do que a dúvida.” Ele ainda cita a obra de Annie Dillard que discorre sobre o vazio crescente inerente ao coração e à mente humana que o mundo moderno tenta preencher: “O que estivemos fazendo em todos esses séculos senão tentando chamar Deus de volta... Qual a diferença entre uma catedral e um laboratório de física? Ambos não estão dizendo “olá”?”.
Em uma entrevista, Collins ressalta que algumas vezes os cientistas fazem ataques sem propósito a fé das pessoas e levanta outra questão, quando diz que no meio da ciência há muita fé em teorias anteriores. Marcelo Gleiser discorda e diz que “não é preciso ter fé em teorias anteriores, pois foram já comprovadas” e que “na ciência, não temos que acreditar nas nossas descobertas. Temos que acreditar na capacidade da razão de continuar a descobrir coisas novas. Mas essa é uma fé muito diferente da fé que prega que existem causas sobrenaturais no mundo”.
O fato é que em meio a tanta polêmica, até uma igreja que une ciência e religião já foi fundada. É a Igreja da Cientologia, que nasceu nos EUA e ficou conhecida em função das celebridades que a freqüentam, como o ator John Travolta. Apesar do envolvimento em escândalos financeiros na maioria dos países onde está, tal instutuição se autoproclama uma síntese entre os fundamentos da ciência e da religião.
Outro movimento polêmico é o Design Inteligente, que partindo do princípio da existência de um design na natureza, supõe que exista um designer responsável. Essa inteligência superior pode ser algo desconhecido do ser humano, seres alienígenas por exemplo, mas o modelo de Deus judaico-cristão é uma preferência.
O jornalista e mestre em Ciências da Comunicação, Francisco Bicudo, afirma em entrevista a Luomo que mesmo que possamos entender plenamente a formação do universo resta a questão “de onde é que apareceu esse Big Bang, como é que as partículas foram se concentrado e em algum momento explodiram? Quem é que gerou tudo aquilo e por quê?”. O próprio físico Stephen Hawking, no seu livro, deixa uma lacuna para esta pergunta quando diz “questões como quem armou as condições para o Big Bang não são questões abordadas pela ciência”.
Ao longo da reportagem notamos que alguns ateus admitem a possibilidade de uma força primordial criadora, mas evitam criar vínculos com dogmas religiosos, como o uso de preservativos ou a discussão sobre o aborto.
Entre os politizados, como o escritor Michael Cunningham, autor de As Horas, já declarou à imprensa que “a noção de que estou certo e, por definição, os outros estão errados, abre porta para o tipo de extremismo que parece de maneira evidente, ser a forma mais perigosa do mundo hoje”.
As evidências nos levam a crer que se o acelerador de partículas suíço provar de onde veio a matéria, mesmo assim não terá saciado todos os anseios humanos. O professor de Ciências da Religião da Puc, o doutor Frank Usarski, especialista em religiões orientais diz que “essa é uma explicação técnica, mas não fala sobre os motivos, sobre uma força criadora além desse momento”. Para o Islã, por exemplo, é algo que não faz sentido, afinal a teoria não responde as razões nem o porquê do universo existir, somente a ação de Deus explica a criação para o islamismo.

NA INTERNET
Para saber também a opinião do público leigo sobre essa discussão, formulamos uma enquete na internet que perguntava o seguinte: "Depois que a ciência responder todas as questões do ser humano, Deus e a religião continuarão necessários?". Classificamos nos assuntos Física e Religiosidade e obtivemos 81 respostas válidas. O resultado foi praticamente unânime, apenas um ou outro participante questionou: "e algum dia foram necessários?". A grande maioria acredita que Deus nunca deixará de ter o seu papel na história da humanidade, como afirma este internauta "Os cientistas estão desvendando tantas coisas, mas ainda não descobriram a cura para muitas doenças. Valorizo muito o trabalho deles, só que acho que deveriam dar mais atenção à coisas mais próximas. Os pensadores que pensem o que quiserem, mas Deus será sempre necessário". Mas o que podemos chamar de o "X" da questão levantado pelos internautas, foi a mortalidade do homem. Um deles disse "por mais que a ciência me forneça informações objetivas sobre a natureza do fenômeno morte, isso não me ajudará em nada a aceitá-la... É aqui que entra a esfera específica da religião".
O físico Marcelo Gleiser nos disse que “mesmo se algum dia tivermos uma teoria aceita que explique a origem do universo, e isso é de fato possível, não teremos eliminado a necessidade que as pessoas, ao menos muitas delas, têm de acreditar em algo superior a nós. São duas coisas muito diferentes, a explicação científica do mundo e a necessidade da fé. A ciência não deve ter como objetivo roubar Deus das pessoas. O big bang pode ser resultado de flutuações de energia sem a necessidade de um criador. A raiz da religião não está na dificuldade de entendermos a origem do universo. Ela está na dificuldade que temos de aceitar nossa mortalidade”.
Mesmo que a ciência responda perfeitamente de onde e como viemos, fica a impressão de que ela somente terá eliminado a necessidade que as pessoas têm de Deus, quando responder a última das nossas mais pertinentes questões que é: Para onde iremos?

18 de mai. de 2007

Do que as mulheres gostam?!

Matéria publicada na Revista L'UOMO Mar/Abr-2007.


Muitos homens já desejaram que suas respectivas namoradas ou esposas viessem com um manual de instruções. Alguns alegam fazer de tudo para agradá-las e reclamam das tentativas frustradas. Do desafio da primeira abordagem no barzinho até o convívio sob o mesmo teto, os desafios se alternam, mas o grau de dificuldade não. Como retomar o “dating game” depois de um divórcio? O escritor americano Peter Post precisou de 268 páginas para responder a esta e outras questões da arte de portar-se bem. Nós resolvemos entrevistá-lo por telefone e escrever uma matéria com algumas das regras fundamentais para que se faça amor e não guerra entre os sexos.
Por Bianca Moretto e Viviane Lopes.

Tudo começa no Instituto Emily Post, nome dado em homenagem a avó do escritor Peter Post de 56 anos que já publicou três livros de etiqueta, entre eles o que usamos aqui como ponto de partida. O título em inglês é “Essential manners for men”, bem diferente do publicado no Brasil “Do que as mulheres gostam”. Quando perguntamos o que ele acha da tradução, Peter ri e diz estar surpreso, mas não descontente.
Durante alguns meses mulheres do mundo todo responderam a uma pesquisa disponível no site do Instituto. Com perguntas que variam entre “o que mais te irrita em um homem” e “o que mais te agrada” as representantes do sexo feminino foram revelando os seus desejos por trás da frágil auto-suficiência. Foram 4 questionários divididos em: Dia-a-Dia, Vida Social, Vida Profissional e Ocasiões Especiais. Com base nesta pesquisa e nas experiências vividas durante os seus 32 anos de casamento, Peter colocou no papel dicas essenciais para viver em paz com o sexo oposto.
Como ele mesmo disse, “etiqueta não é simplesmente um conjunto de regras a serem seguidas, mas um código segundo o qual devemos tratar bem as pessoas, baseados nos princípios de consideração, respeito e honestidade.” A regra parece ser muito simples, tão óbvia que quando desmistificada pode perder o merecido valor.
O homem moderno parece ter se esquecido de algumas regrinhas básicas, e muito importantes, para a convivência pacífica com a sua companheira. Algumas palavras e atitudes de cavalheirismo sumiram. “Por favor, Muito Obrigado, Com licença, parecem ser vistas pelos homens como palavras ultrapassadas para o uso cotidiano”, reclamam as mulheres que responderam a pesquisa. E a insatisfação não para por aí. Velhas discussões entre os sexos como: ser pontual, tirar o chapéu em ambientes cobertos, abrir a porta do carro, abaixar a tampa do vaso sanitário, cuidar do asseio e usar a roupa correta para cada ocasião, continuam presentes na lista das reclamações femininas.

ESTA NÃO É A PRIMEIRA OBRA QUE TENTA AJUDAR OS HOMENS A DESVENDAR OS MISTÉRIOS DO UNIVERSO FEMININO
No filme “What women want” com tradução para o português, igual a do livro, “Do que as mulheres gostam”, o ator Mel Gibson interpreta um executivo bem sucedido que acreditava ser um verdadeiro presente de Deus para qualquer pretendente. Porém, depois de um acidente, passa a ouvir tudo o que as mulheres estão pensando e descobre que a opinião delas a seu respeito não era exatamente o que ele imaginava. Já que a vida real não nos presenteia com tais dons, apure os seus sentidos e a sua percepção. Esteja alerta para admitir que algumas atitudes consideradas por você como superacertivas podem estar erradas. Fizemos um teste com um casal próximo. O rapaz explica que a namorada nunca fez questão que ele abrisse a porta do carro. “Vou parecer antiquado”, disse. Por isso, ele só abria quando estava muito próximo ou quando ela precisava de ajuda por carregar alguma coisa. “Ela não liga pra isso, ao menos nunca falou”. Quando a parceira chega na sala e perguntamos o que ela acharia se ele sempre agisse com tal cavalheirismo. A resposta foi imediata: “Seria incrível, eu adoraria. Mas, ele nunca faz isso.” Falta de atenção dele ou orgulho por parte dela?
Para Peter, as mulheres são “igualmente culpadas pelo excesso de feminismo, por querer sempre mostrar que falam de igual para igual, quando na verdade as diferenças existem sim e não há nada de errado nisso”.

AS MULHERES MUDARAM. MAS SERÁ QUE OS HOMENS ACOMPANHARAM?
Uma jornalista do New York Times publicou em seu blog pessoal que está insatisfieta com as consequências da sua liberdade sexual conquistada com esforço pelas suas ancestrais. Aos trinta anos ela, depois de se dar o direito de curtir vários namoros relâmpagos, está solteira, morando sozinha, e sem pretendentes para o, agora desejado, matrimônio sólido. Os homens parecem aprovar a fase “viva o momento” mas na hora de casar ainda preferem as conservadoras. Falando em casamento, no Brasil as uniões oficiais diminuíram. De acordo com o IBGE, “a taxa geral de nupcialidade legal caiu gradualmente durante a década, passando de 8,0 por mil habitantes em 1990 para 5,7 por mil em 2001”. Essa tendência de queda foi observada principalmente no Sudeste e no Sul do país. Na Europa não é diferente. O Instituto de Estatística Italiano acaba de divulgar um estudo intitulado: “O casamento na Itália: uma instituição em mudança”. O trabalho revela que cresce o número de casais que decidem formar uma família sem o vínculo do casamento. Além disso, as relações são oficializadas cada vez mais tarde, quando os homens tem em média 32 anos e as mulheres 30. Talvez a jornalista americana tenha maiores chances por lá.

NÃO É DE SE ESTRANHAR QUE VOCÊ NÃO SAIBA O QUE AS MULHERES QUEREM, TALVEZ NEM ELAS SAIBAM
O sexo feminino está provando as delícias e os dissabores das suas escolhas, e está cada vez mais difícil impor as suas vontades sem cair em contradição. As mulheres querem cavalheirismo e liberdade, querem um homem dedicado que também seja um bom amante, podem até dividir as despesas desde que os salários estejam equivalentes, mesmo as que possuem o dom de cuidar da casa acham justo dividir a louça depois do jantar. Porém, não abrem mão de “little niceties”, usando a expressão de Peter, que quer dizer pequenos gestos que demonstram dedicação, amor e respeito como: abrir as portas, puxar a cadeira, trazer flores - nem que seja uma -, levar café na cama, etc.
Quanto ao ambiente de trabalho, é importante ressaltar que a cultura de cada país influencia bastante na postura que deve-se tomar. Entrar em um elevador sozinho com uma mulher é uma situação evitada pela maioria dos homens nos Estados Unidos. Lá, não é preciso muito para ser processado por assédio sexual. Voltando a nossa enquete com pessoas próximas, arrisco em revelar a tática adotada por um colega de trabalho. Ele diz criar uma linha imaginária de dois metros de distância de todas as mulheres com quem estabelece vínculo profissional: “Assim, não há riscos de confusão ou mal entendido”, revela com senso de humor.
Se você também tem reivindicações a fazer, vale a dica: apesar do livro “Do que as mulheres gostam” ter sido escrito para o público masculino, as regras de etiqueta valem para os dois sexos. Tanto que o autor acredita que o número de homens e mulheres que compram, lêem e apreciam a obra é proporcionalmente equivalente.
O título do livro dá margem a muitas especulações. Do que as mulheres gostam poderia ser um livro de conquista, de relacionamentos, de sexualidade, enfim, inúmeros assuntos. Não é, mas uma coisa é certa, apesar do livro não possuir o intuito de ensinar nenhum homem a ser um conquistador irreparável, aquele que seguir os conselhos de Post certamente fará muito mais sucesso com as mulheres.
Certa vez durante uma tarde de autógrafos, o autor foi abordado por um homem que após 20 anos de casamento tinha acabado de se divorciar. Naturalmente depois de tanto tempo fora do jogo da conquista, ele não sabia como voltar ao “dating game”. Sem saber como agir, muitos homens, mesmo os que não ficaram um único dia sem conquistar alguém, ainda não sabem a melhor maneira de abordar uma mulher.
Para finalizar, Peter tem um passo a passo para a primeira abordagem que poderá te ajudar da próxima vez que encontrar aquela mulher maravilhosa, com a qual você sonha há tempos.
Antes de começar – Faça uma autochecagem e mostre o seu melhor lado, positivo, entusiasmado e autoconfiante.
Primeiro: sorria e faça contato visual – A paquera começa quando você sinaliza seu interesse em outra pessoa ou vice-versa. Para que isso aconteça, naturalmente você terá que se arriscar e sorrir primeiro.
Segundo: a abordagem – Agora você enfrentará o maior obstáculo, puxar conversa. Não existe abordagem perfeita, portanto nem pense em cantadas decoradas, isso soará falso. A honestidade com uma pitada de modéstia muitas vezes faz milagres.
Terceiro: entabule um diálogo – Esteja atualizado em diversos assuntos interessantes como política, esportes, celebridades, cultura, entretenimento, enfim tudo. Você pode ir treinando a interação com desconhecidos. Vale tudo, taxistas, entregadores, caixas de supermercado, etc. A lista é infinita.
Quarto: esteja atento – Fique alerta aos sinais que a outra pessoa emite. Nem sempre seus esforços serão frutíferos, você precisa estar preparado para aceitar esses sinais com dignidade e se retirar na hora certa. Nesse caso sorria e responda: “Divirta-se! Foi legal conhecer você”. Fórmulas a parte, “Dedicação, respeito e honestidade” são fundamentais, esta tríade nunca será antiquada.

O refúgio do caçador.

Matéria publicada na Revista L'UOMO, edição de Mar/Abr-2007.


Aspirantes a cargos executivos de todo país poderiam rezar para conhecê-lo. Com um nome que não nega a origem alemã, Günter Keseberg já participou da contratação de cerca de 1000 profissionais para cargos de alto escalão no Brasil e na Europa. O headhunter que atua no mercado de Recursos Humanos há mais de 20 anos, me recebeu no restaurante de um requintado hotel da capital paulista para revelar à Luomo a sua fonte de sabedoria e pesquisa. Acredite, este caçador de talentos tem refúgios que vão além dos resorts com camas cobertas por lençóis egípcios.
Por Bianca Moretto

O perigo de pôr em risco a sua integridade física e moral logo são alertados pela companhia de viagens especializada em roteiros exóticos. A Rota da Seda foi o último destino de férias escolhido por Gunter para passar 20 dias. “Ao contrário do velejador Amir Klink que prepara cada centímetro do seu barco e planeja todo o trajeto com muita disciplina e precisão, em viagens como esta o mal tempo não é o único imprevisto que pode ocorrer” garante Gunter. O itinerante assume a responsabilidade por possíveis danos pessoais e materiais em casos de guerra, acidentes e instabilidade política. Além disso, o atendimento médico não é garantido em todas as áreas do percurso escolhido. O aviso é válido, o Focker 50 ocupado pelo nosso entrevistado em uma das suas expedições, caiu uma semana depois de ele ter estado a bordo. Mas, o que leva um intelectual graduado em História, Ciência Política e Economia pela Universidade de Colônia, Alemanha, e pós-graduado na Universidade de Luneburg, do mesmo país, a se arriscar tanto? Parece ser mais do que adrenalina. Segundo Gunter, conhecer a essência de outras culturas ajuda e muito na hora de escolher um profissional compatível ao posto requerido.
Contudo, deixando o trabalho à parte, encontramos um pouco do espírito aventureiro e desbravador do Marco Polo nesta história. A Rota da Seda, expressão cunhada no século 19 pelo estudioso alemão Ferdinand von Richthofen, é uma legendária rede de estradas que conectavam o Extremo Oriente ao Mediterrâneo. Entre o século 2 antes de Cristo até meados do século 16, milhares de caravanas de camelos transportavam mercadorias do Oriente para a Europa e vice-versa. A seda, objeto de desejo dos ricos e poderosos da Europa e do mundo árabe, foi escolhida como símbolo dessa imensa rede de comunicação terrestre. O relato da incrível saga de Marco Polo que durou 24 anos, foi eternizado por Rustichello da Pisa, seu colega de cela em Gênova, que escreveu em francês provençal “ O Livro das maravilhas - A descrição do mundo”. Dos três volumes da obra Gunter leu dois. Lendários ou não, alguns relatos de Marco Polo são considerados importantes referenciais históricos até os nossos dias.

FARTO DE REPERTÓRIO ELE PARTIU, COM A ESPOSA RUMO A PARIS, DE LÁ PARA LONDRES E FINALMENTE TASHKENTE, A CAPITAL DO UZBEQUISTÃO
Farto de repertório ele partiu, junto com a esposa, rumo a Paris, de lá para Londres e finalmente Tashkent a capital do Uzbequistão. Daqui por diante a geografia varia entre grandes lagos e grandes desertos, isto sem falar de algumas das maiores montanhas do mundo. Mesmo durante o frio mais rigoroso o lago Issuk kul nunca congela, as estradas não fecham e os hotéis são bem aquecidos. Porém, caso você queira se aventurar por lá, Gunter sugere que faça esta viagem em julho, quando a temperatura fica entre os 15 e 30 graus celsius. No Quirguistão, por conta da altitude, a temperatura pode variar de 20 a 10 graus em minutos.
Continuando o passeio, chegar a Khiva é como visitar um museu a céu aberto. As suas muralhas guardam mesquitas e madrassas (escolas islâmicas) praticamente intocadas pelo tempo. Chega a hora de cruzar o deserto do Karakum para alcançar a cidade de Bukhara. Famosa por seus tapetes, a região central está repleta de bazares coloridos que inspiram as compras. Até o próximo ponto de parada são mais seis horas de carro entre aldeias e natureza agrícola do povo Uzbeki. Samarkand abriga um enorme complexo de mesquitas que formam uma praça central. Gunter me conta, enquanto mostra as fotos da viagem, que o observatório astronômico de Ulugbek atesta que o primeiro mapa astral fora feito lá há cerca de 1400 anos.
Estamos quase na metade da viagem e quando pergunto o que mais lhe chamou a atenção no trajeto, Gunter é breve em dizer que “a ausência de mulheres nas ruas é notável, bem como a forma com que os homens “trabalham” o seu tempo ocioso tomando chá e conversando.” Para o nosso caçador de talentos saber disfrutar o ócio requer sabedoria. (Bem, sabe disso quem é empurrado pela velocidade frenética de uma metrópole. A correria pode se tornar um vício e o tempo livre um tédio.)
Bem vindos a Bishkek, a capital do Quirguistão. As avenidas arborizadas e a proximidade dos Montes Alatau com seus picos nevados são o cenário desta ataente cidade onde a influência russa serviu de base para o entrosamento entre a Ásia e a Europa. O estilo russo também se revela nas casas estilo colonial e na catedral de Karakol totalmente de madeira, sem um único prego sequer. Quanto aos hábitos alimentares eles adotaram uma dieta rica em carnes, arroz e pão, o tempero por alí não é um ponto alto. O custo de cada refeição no hotel gira em torno dos 10 dólares. Gunter chama a atenção para o fato da comida em outros estabelecimentos ser até 50% mais barata.
Aqui começa um dos mais novos palcos de trekking do planeta: o Tian Shan que quer dizer montanhas celestiais. Aos 3752m de altitude está a fronteira entre o Quirguistão e a China. Uma linha que divide dois mundos completamente opostos e até bem pouco tempo vetado a ocidentais. Uzbequistão, Quirguistão, Kasaquistão e China, todos estes países exigem visto e é preciso providenciá-los 30 dias antes da partida. Outro detalhe importante: a febre amarela ainda não foi erradicada na América Latina, por isso a vacina contra a doença é exigida aos brasileiros.
A viagem ainda não acabou, mas abro um espaço para comentar que enquanto conversávamos sobre a Mongólia, Gunter sugeriu que eu assistisse ao filme “Camelos também choram”. O documentário não tem nada do perfil americano com clímax, ou finais previsíveis. O enredo em que uma família mongol revela os seus hábitos e valores para sobreviver no deserto como nômades, uma prática quase em extinção, é instigante. Os camelos são um elemento indispensável para sobrevivência deste povo. O respeito com que eles tratam os animais é admirável. “Os homens de hoje cuidam da natureza como se fossem a última geração aqui na terra” , diz um dos personagens em tom de ensinamento ao neto que o escuta com atenção. Pelo óbvio, entende-se que não há tv por ali, assim, sobra tempo para a tão esquecida quanto fundamental comunicação interpessoal. Termino o comentário sobre o filme dizendo que me impressionou o fato de que por mais que o camelo fêmea estivesse sofrendo com dores do parto os mongóis só interfiriram quando tratava-se de preservar a integridade vital dos animais. Contemplação, eis o predicado que muitas vezes nos falta.
O último trecho do percurso... As altitudes nas cordilheiras Tian Shan, Pamir e Karakoram vão de 5 a 8 mil metros . Chove pouco na região e o céu tende a estar sempre azul. Enfim Kashgar, este é um dia nobre na vida de qualquer explorador. A cidade tem sido pedra fundamental nas rotas comerciais nos últimos 2000 anos. Uma grande feira movimenta uma confusão organizada onde barganha-se de tapetes a cavalos ao lado do museu da seda.
Com tantos nomes de pronuncia complicada somados a variedade de informações, redigir e compreender este texto não são tarefas fáceis. Então, imagine assimilar a vivência do conteúdo adquirido em uma viagem como esta?! Gunter sugere que aventuras assim, sejam feitas com intervalos de três anos, tempo suficiente para entender o que viu, olhar as fotos, relembrar dos detalhes e aplicar as lições de vida no dia a dia. Então, quando o espírito aventureiro voltar a te instigar, está na hora de começar uma nova pesquisa para a próxima viagem.
Assim, aos candidatos, fica o aviso: “antes de ser um bom profissional é preciso ser um homem íntegro com princípios bem estabelecidos e literalmente fazer juz ao termo “homo duas vezes sapiens”. Talvez, em algum momento, como o velejador citado no início do texto, seja preciso sair de “terra firme” para retomar a essência da vida e perceber que o mundo não vira um precipício no horizonte.
Enquanto você lê esta matéria Gunter está em algum ponto da América Latina no comando de uma Land Rover. Uma viagem de 10.000 kilômetros em solitário. Quando voltar irá direto para o seu refúgio na Bahia, uma casa com 500 metros quadrados e quatro suítes que construiu em 1993 em Santo André para viver com a família e receber os diretores de grandes empresas como Enzo, Mercedes Benz e Semp Toshiba. O cantor Julio Iglesias já tentou comprar esta residência por 1 milhão de reais , mas a proposta foi recusada. Afinal, sejam estas incríveis expedições um sinal de busca ou de fuga, como diz o próprio Gunter: “ o importante é ter um porto seguro para onde voltar”.
Em tempo: Gunter mantém um Centro de Convivência Cultural em Santo André, Bahia. Lá cerca de 85 crianças fazem aulas de computação, dança, música e artes. Ele mantém esta ONG sozinho desde 1992.

Prefácio do livro "Cidade Esperança"

Ainda no início do curso de jornalismo, descobrimos por que tal área se diferencia das outras da comunicação social. Uma enquete realizada para um trabalho disciplinar sobre mensagem subliminar, entre alunos de publicidade e de jornalismo, revelou que os primeiros usariam estímulos ao subconsciente dos consumidores em suas campanhas como artifício para aumentar as vendas. O resultado causou o repúdio dos futuros jornalistas, que estavam mais preocupados com o bem-estar e o equilíbrio da população.

O espírito do repórter clama por justiça social, tem sede das mais diversas culturas, almeja viagens e descobertas que possam completar o quebra-cabeça da humanidade, que resiste para não se desfazer em meio a guerras e desigualdades sociais.
Com base nesse princípio, começamos a pensar em um tema que fizesse diferença nos dias de hoje. Queríamos um assunto relevante para a sociedade e que ainda não tivesse sido amplamente abordado. Saúde, pensamos.
Bem, pode-se escrever uma enciclopédia a respeito. Doenças raras, pessoas que morrem sem nem se dar conta do que sofriam, fórmulas de remédios que não são pesquisadas porque não dariam lucro suficiente aos laboratórios. Era preciso ser mais específico.
O projeto deste livro-reportagem é ousado, por se tratar de um trabalho de conclusão de curso que deve ser produzido no prazo de um ano. A praticidade e a viabilidade do produto são quesitos a serem considerados com seriedade. Concluímos ser inviável contar com a boa fé de um laboratório que abrisse suas portas para duas estudantes de jornalismo. Mas o tema ainda nos encantava. Bastava encontrar um outro enfoque.
Partimos para a pesquisa, e todos o caminhos da saúde nos levaram ao Complexo Clínicas. Por alguma razão, seus institutos estão sempre lotados. Mesmo se tratando de um órgão público, algumas pessoas preferem passar longas horas dentro de um ônibus, missão nada fácil, em lugar de recorrer ao posto médio que fica a algumas quadras de suas casas. Não é à toa que recentemente foi instituída uma lei estadual para que os usuários dos serviços públicos de saúde agendem as consultas por telefone. Assim, conforme o fluxo de pacientes, as atendentes podem direcionar e distribuir a população entre todos os hospitais públicos de maneira mais equilibrada.
Há também os médicos renomados que deixam os seus países para vir aprender aqui no maior hospital da América Latina. E, ainda, profissionais brasileiros que participam de pesquisas no exterior e voltam para implantar no HC as descobertas mais recentes.
Este patrimônio é nosso! Completou 61 anos no dia 19 de abril de 2005 e ocupa uma área total de 352 mil m2, com cerca de 2.200 leitos distribuídos entre os seus seis institutos especializados, dois hospitais auxiliares, uma divisão de reabilitação e um hospital associado. O atendimento é realizado por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais das mais diversas áreas, da enfermagem à fisioterapia, da nutrição ao serviço social, da fonoaudiologia à farmácia, englobando um conjunto de especialidades sem paralelo na América Latina.